Apesar dos fortes indícios de que Evany Metzker foi torturado e decapitado em razão de suas investigações, Ministério da Justiça e Secretaria de Direitos Humanos da Presidência não veem motivo para se manifestar
O jornalista Evany José Metzker, de 67 anos, foi torturado e decapitado enquanto trabalhava em reportagens investigativas em Padre Paraíso, em Minas Gerais. A cabeça foi encontrada a cerca de cem metros do corpo, há dois dias. A carteira do jornalista estava no local. Metzker mantinha um blog com denúncias contra políticos locais. Também noticiava crimes na região e fazia críticas ao PT. Apesar dos indícios de que foi assassinado por causa de seu trabalho, como acredita a viúva dele, o governo de Dilma Rousseff resolveu permanecer em silêncio diante do crime.
Procurados por ÉPOCA para se manifestar sobre a decapitação do jornalista, tanto o Ministério da Justiça quanto a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência limitaram-se a dizer, após insistência da reportagem, que “estão acompanhando” as investigações. Não houver qualquer comentário do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, ou do secretário de Direitos Humanos, Pepe Vargas.
Após ÉPOCA revelar que a delegada do caso nem sequer encontrava-se em Padre Paraíso, o governo de Minas Gerais anunciou, hoje pela manhã, ter criado uma força-tarefa para investigar a morte. Inicialmente, a polícia de Minas disse que trabalhava duas hipóteses para a decapitação: retaliação pelo trabalho de Metzker como jornalista e crime passional. Não apareceu, até o momento, nenhum indício que suporte a tese de crime passional.
O Comitê de Proteção aos Jornalistas, uma das maiores entidades de imprensa do mundo, pediu que o governo brasileiro investigue com seriedade o caso. "Condenamos o brutal assassinato de Evany José Metzker e instamos as autoridades brasileiras a não deixar pedra sobre pedra ao investigar este crime e todos os seus possíveis motivos", disse, em Nova York, Carlos Lauría, um dos diretores da entidade. “A capacidade dos jornalistas de relatar as notícias está sendo claramente minada pela violência letal contra a imprensa brasileira".
A morte do jornalista foi noticiada na imprensa internacional, como nos jornais Guardian e La Repubblica.
Fonte: Época
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e o secretário de Direitos Humanos, Pepe Vargas (Foto: Antonio Cruz/Abr e Wilson Dias/ABr) |
O jornalista Evany José Metzker, de 67 anos, foi torturado e decapitado enquanto trabalhava em reportagens investigativas em Padre Paraíso, em Minas Gerais. A cabeça foi encontrada a cerca de cem metros do corpo, há dois dias. A carteira do jornalista estava no local. Metzker mantinha um blog com denúncias contra políticos locais. Também noticiava crimes na região e fazia críticas ao PT. Apesar dos indícios de que foi assassinado por causa de seu trabalho, como acredita a viúva dele, o governo de Dilma Rousseff resolveu permanecer em silêncio diante do crime.
Após ÉPOCA revelar que a delegada do caso nem sequer encontrava-se em Padre Paraíso, o governo de Minas Gerais anunciou, hoje pela manhã, ter criado uma força-tarefa para investigar a morte. Inicialmente, a polícia de Minas disse que trabalhava duas hipóteses para a decapitação: retaliação pelo trabalho de Metzker como jornalista e crime passional. Não apareceu, até o momento, nenhum indício que suporte a tese de crime passional.
O Comitê de Proteção aos Jornalistas, uma das maiores entidades de imprensa do mundo, pediu que o governo brasileiro investigue com seriedade o caso. "Condenamos o brutal assassinato de Evany José Metzker e instamos as autoridades brasileiras a não deixar pedra sobre pedra ao investigar este crime e todos os seus possíveis motivos", disse, em Nova York, Carlos Lauría, um dos diretores da entidade. “A capacidade dos jornalistas de relatar as notícias está sendo claramente minada pela violência letal contra a imprensa brasileira".
A morte do jornalista foi noticiada na imprensa internacional, como nos jornais Guardian e La Repubblica.
Fonte: Época
0 comentários:
Postar um comentário